segunda-feira, 29 de julho de 2013

Escapadinha – Douro Internacional em Kayak



Aproveitando um tempinho livre fui conhecer um dos poucos cantos de Portugal Continental que ainda me faltava conhecer, a região do PNDI – Parque Nacional do Douro Internacional. Tal como o nome sugere corresponde genéricamente à região envolvente ao troço do Douro que serve de fronteira entre os dois países ibéricos, sensivelmente de Miranda do Douro a Barca d`Alva onde se despede de Espanha em direcção ao Mar.

A ideia foi fazer o máximo de kayak nas várias barragems existentes em regime de semi-autonomia. O tempo disponibilizado, 3 dias, não permite de todo conhecer tudo o que havia a conhecer daí que foi necessário fazer escolhas. Descrevo em seguida os percursos efectuados classificando-os de 1 a 5 em 04 pârametros:

Dia 1 - Albufeira de Miranda do Douro partida (montante) e chegada do cais fluvial de Miranda +/- 20 Km.


Paisagem - 4

Acesso ao rio - 5

Interesse percurso - 4

Facilidades (Churrasco, àgua, etc) - 5


Observações: Recomendo este percurso pela envolvente cénica. Seguindo em direcção à barragem espanhola de Castro encontrei uma pequena “acelaração” impossível de transpôr tendo regressado nesse ponto. O cais de Miranda tem um chuveiro de acesso gratuito para um rápido banho após o passeio.

Dia 2 - Albufeira de Bemposta partida (montante) e chegada do cais fluvial de Sendim +/- 25 Km.


Paisagem  - 5

Acesso ao rio - 4

Interesse percurso - 5

Facilidades (Churrasco, àgua, etc) - 5


Observações: Recomendo este percurso, paisagem fantástica, é possivel abeirar- se do paredão da barragem de Picote. Tem um bom local para descanso no acesso ao rio da Freguesia de Picote.


Dia 3 - Albufeira de Aldea d` Ávilla  partida (montante) e chegada do cais fluvial de Peredo da Bemposta +/- 5 Km.


Paisagem  - 4

Acesso ao rio - 3

Interesse percurso - 5

Facilidades (Churrasco, àgua, etc) - 4


Observações: Este é um percurso em que apostei mas que não foi possível desfrutar como planeei devido à cota reduzida em que se encontrava a barragem de Aldea d`Ávilla, o que implicou que no local de acesso ao rio encontrasse o rio com o caudal em “estado virgem” ou seja correntes, remoinhos enfim apenas foi possível percorrer uns 5km de rio, ficou gorada a ideia de ir espreitar o rio Tormes... Local de acesso ao rio algo dificil de atingir mas que é um pequeno pedaço de céu!


Dia 3 - Albufeira de Saucelle partida (montante) e chegada do cais fluvial de Lagoaça +/- 5 Km.


Paisagem  - 3

Acesso ao rio - 5

Interesse percurso - 3

Facilidades (Churrasco, àgua, etc) - 3


Observações: Bom acesso ao rio. Para montante apenas é possível fazer 500mt até encontrar um aviso de limite de navegação devido à proximidade dos descarregadores de Aldea d`Ávilla. Para jusante é possível seguir por exemplo até ao cais fluvial de Mazouco (percurso não efectuado).


Notas finais:

O Douro foi em tempos um rio intempestivo, traiçoeiro , pouco dado à navegação em geral. Entretanto, com a construção das várias barragens ao longo da sua bacia hidrográfica, diz-se hoje que está “domesticado”, no entanto isso não quer dizer necessáriamente inofensivo pois hoje os perigos podem vir das fortes variações de caudal impostas pelas várias barragens. Eu assisti a variações em altura de àgua de quase 2mt num espaço de poucas horas, fortes correntes, remoinhos, etc, pelo que quem queira conhecer este pedaço de céu não deve nunca subestimar o rio e/ou barragem, por muito calma que aparente.

O parque (PNDI), é composto por todo um eco-sistema que tem de ser preservado, mas que também é feito de pessoas. O turismo qualquer que ele seja é necessário e mesmo vital, as gentes transmontanas sabem receber como é sabido. Acho fundamental no entanto que cada um tenha bem presente que deve causar o minimo de impacto ao meio ambiente durante a estadia. Enfim desfrutar sem prejudicar!





Boas pagaiadas!!!




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